quarta-feira, julho 29

Doubt

Serve este post para vos falar do meu mais recente filme favorito: Doubt (ou Dúvida).
É um filme simples, sem efeitos especiais, sem guarda-roupa espectacular, nem cenários de cortar a respiração. Doubt é genial somente pelos seu conteúdo. E com isto quero dizer os seus diálogos, os fantásticos diálogos. Já para não falar da sempre simplesmente genial Meryl Streep e da excelente interpetação de Philip Seymour Hoffman.

O que se segue é um exerto do filme. Este exerto, penso, representa na sua totalidade a excelência do filme. É uma das cenas em o personagem principal, o padre Brendan Flynn (interpetado por Hoffman) dá o seguinte sermão:

"A woman was gossiping with her friend about a man whom they hardly knew -
I know none of you have ever done this.
That night, she had a dream: a great hand appeared over her and pointed down on her. She was immediately seized with an overwhelming sense of guilt.
The next day she went to confession. She got the old parish priest, Father
O' Rourke, and she told him the whole thing:
- Is gossiping a sin? - she asked the old man. - Was that God All Mighty's hand pointing down at me? Should I ask for your absolution? Father, have I done something wrong?'
- Yes - Father O' Rourke answered her. - Yes, you ignorant, badly-brought-up female.You have blamed false witness on your neighbor. You played fast and loose with his reputation, and you should be heartily ashamed.
So, the woman said she was sorry, and asked for forgiveness.
- Not so fast - says O' Rourke. - I want you to go home, take a pillow upon your roof, cut it open with a knife, and return here to me.
So, the woman went home: took a pillow off her bed, a knife from the drawer, went up the fire escape to her roof, and stabbed the pillow. Then she went back to the old parish priest as instructed.
- Did you cut the pillow with a knife? - he says.
- Yes, Father.
- And what were the results?
- Feathers. - she said.
- Feathers? - he repeated.
- Feathers; everywhere, Father.
- Now I want you to go back and gather up every last feather that flew out onto the wind.
- Well - she said - it can't be done. I don't know where they went. The wind took them all over.
- And that - said Father O' Rourke - Is gossip!"
Se a missa tivesse sermões como os do Padre Flynn eu iria á missa todos os domingos e seria crente. Devo ainda acrescentar que a cena em que o Padre Flynn e a Irmã Aloysius Beauvier (Meryl Streep) estão a discutir é de arrepiar. Eu estava toda encolhida na cadeira do cinema porque a certa altura já pensava que estavam a discutir e gritar comigo.

domingo, julho 26

...3

Free at last! Free at last! Thank God Almighty,
we are free at last!


Martin Luther King

segunda-feira, julho 20

...2

"Everything you need, is already inside"
Bill Bowerman

segunda-feira, julho 13

TED_My Stroke of Insight

Aqui vai a minha segunda TED favorita. É sobre uma Neurocientista, Jill Bolte Taylor, que numa manhã normalíssima sofre de um AVC. Só que..... ela esteve consciente o tempo todo. Ou seja, ela conseguia perceber quais as partes do seu cérebro estavam a "desligar". Muito, muito interessante.

Esta TED vem acompanhada por um livro escrito pela senhora, cujo o título é o deste post, My Stroke of Insigth. A partir do momento que soube da história de Jill comprei o livro, que infelizmente em português tem um título muito estúpido, que mais parece um daqueles livros de auto-ajuda: "O dia em que a minha vida mudou". Mas não.... não se assustem. Se alguma vez o virem nas bancadas das livrarias, comprem que vale a pena. Basicamente fala-nos da experiência de Jill desde a manhã em que teve o AVC até aos anos que se seguiram de recuperação. É um livro simples, mas com bastante conteúdo. Mas eu sou suspeita, tenho uma fascínio pelo cérebro humano e a neurologia....



O que mais retirei deste livro, foi quando Jill Bolte Taylor a certa altura explica como o nosso cérebro funciona por estímulos e como ele age segundo reacções químicas que os nossos órgãos sensoriais enviam para o cérebro. Jill explica que os sentimentos de raiva e irritação surgem também por estímulos que recebemos de fora e que enviam informação para o nosso cérebro. Algo acontece que normalmente nos irrita, esse estimulo chega ao nosso cérebro, e nós sentimos raiva ou irritação, funcionando basicamente como um reflexo que não controlamos. No entanto, e aqui chegamos à parte interessante, Jill diz que esse estímulo dura apenas 90 segundos. Apenas 90 segundos... E que portanto a partir desses 90 segundos, o facto de continuarmos irritados é uma escolha nossa.

Quando li esta parte, tive quase uma epifania! lol Pus-me a pensar nisso, e realmente torna as coisas muito mais fáceis, porque eu tenho mais controle sobre mim e pelo o que sinto. O que se passa para além desses 90 segundos, sou eu que escolho como lidar com isso. "Queres continuar irritada por mais uns 15/20 minutos ou acaba já aqui?! " Isto pode parecer uma frase cliché mas esta pequena e simples informação que retirei do livro, mudou a forma como lido com as coisas e com a vida. Tento ser bastante mais calma e não me irritar com tanta coisa. Porque isto fez-me ver as coisas de uma perspectiva diferente. Há tanta coisa com que nos irritamos que sinceramente não vale mesmo, mesmo nada a pena. O que é isso na nossa vida inteira? Por isso agora sempre que algum estimulo de raiva ou irritação chega ao meu cérebro eu respiro fundo e digo para comigo: São só os primeiros 90 segundos...


segunda-feira, julho 6

...1

"A fatalidade exterior não existe. Mas existe uma fatalidade interior: há um momento em que nos descobrimos vulneráveis; então, os erros atraem-nos como uma vertigem."
Saint-Exupéry